14 AGOSTO 2013 postado por Apis Flora

Chás de Ervas Medicinais

Chás de Ervas Medicinais

Nossas avós sempre vinham com um chá que era tiro-e-queda contra determinado mal. A gente cresce e acaba achando que 
tudo fazia parte de um folclore. Pois não é bem assim. 

Universidades brasileiras resolveram conferir o benefício das ervas medicinais e estão comprovando a eficácia de muitas delas. Tanto que a corrida agora é patentear as plantas ou os derivados delas, para impedir que outros países sejam “donos” dos remédios a serem feitos com o princípio ativo da erva. Algumas indústrias já patentearam produtos com os principais componentes de algumas dessas plantas e confeccionaram balas e xaropes nos quais o mel completa o processo terapêutico. 

Selecionamos algumas plantas comprovadamente benéficas para resfriados, asma, tosse ou faringite. Folhas frescas são melhores, mas as secas também surtem efeito. Em geral, usa-se uma colher de folhas picadas para cada xícara de água fervente.

Guaco 
(Mikania glomerata)
O uso do guaco é antigo e sua ação benéfica contra asma, tosse, bronquite e rouquidão foi comprovada por pesquisadores da UERJ. A planta pode ser usada como chá ou extrato – este cem vezes mais potente. Além de favorecer a dilatação dos brônquios, os compostos da planta ajudam a relaxar a musculatura do aparelho respiratório e dilatam os canais por onde passa o ar, facilitando a eliminação do catarro. O chá das flores do guaco é eficaz contra cólicas menstruais e de intestino. Folhas e hastes friccionadas nas partes doloridas, aliviam os sintomas de reumatismos e varizes.

Menta e Hortelã 
(Mentha piperita) 
Há vários tipos de hortelã, todos da família mentha. Picante, perfumada, descongestionante, ela é uma das estrelas da flora medicinal. Mais brandos, seus efeitos são semelhantes aos do óleo de eucalipto, dilatando os brônquios, aliviando principalmente os asmáticos em crises. Favorece a eliminação das secreções pulmonares. Fortifica os nervos e o coração. Seus efeitos calmantes e antiespasmódicos combatem dores abdominais e menstruais. Além disso, é digestiva e ajuda a interromper crises de vômito. Plantada perto de rosas, afasta pulgões. Seca, nas despensas, espanta ratos. 

Poejo 
(Mentha Pulegium) 
É expectorante, digestiva e antiespasmódica. É excelente coadjuvante para estados gripais. Combate tosse, bronquite, insônia, acidez estomacal, febre e gases. Eficaz também para transtornos menstruais, crises nervosas e reumatismo. Alivia inflamação e fermentação intestinal, enjôos, azia. Em uso tópico, é bom cicatrizante e anti-séptico. Um escalda-pés de poejo é excelente para gripes e resfriados. A ingestão da planta também é indicada no combate a vermes intestinais. Aplicada sobre picadas de insetos ajuda a aliviar a dor. Uma cama de poejo na casa dos animais ajuda a afastar as pulgas.

Eucalipto 
(Eucalyptus globulus labillardiere)
O chá de folhas de eucalipto é muito utilizado para abaixar a febre e combater dores de reumatismo, ciáticas e gota e ainda estimula as defesas do corpo. Em inalações, o chá descongestiona as vias nasais e limpa secreções dos seios faciais nas sinusites. Útil em problemas de pele, de circulação e das articulações. O eucaliptol, o óleo da planta, provoca dilatação nos brônquios, fechados pela bronquite ou asma, facilitando a saída do catarro, além de deixar as secreções mais fluidas. E impede a reprodução de bactérias que causam a tuberculose pulmonar. O tanino reduz o surgimento de catarro.

Assa-peixe 
(Vernonia polyanthes) 
Conhecido por sua eficácia como expectorante e no tratamento de gripe, bronquite, asma, tosse e outros problemas pulmonares, o assa-peixe também é utilizado para eliminar cálculos renais por suas propriedades diuréticas. A planta também é chamada de cambará-guaçu, cambará-branco e chamarrita. Outras espécies são conhecidas por assa-peixe, embora não sejam a Vernonia polyanthes. Na medicina popular há registro de uso no combate a dores musculares e reumatismo. O assa-peixe chega a três metros de altura, tem folhas de verde-escuras na parte superior e de verde-claras na inferior.

Tanchagem 
(Plantago major) 
O gargarejo com a infusão das folhas é eficaz em amidalites, faringites e gengivites. Em chás, serve para desintoxicar os brônquios dos fumantes, barrar inflamações e proteger a pele e as mucosas devido a compostos como as mucilagens, capazes de reter água. Compressas com chá de tanchagem são indicadas para tratamento de cravos e espinhas. Tem propriedades cicatrizantes: as folhas frescas maceradas são úteis contra picadas de abelhas, irritação de pele, terçóis, úlceras, queimaduras e sangramento de pequenos cortes. A Unicamp comprovou o benefício de colírios de tanchagem na conjuntivite.

Fonte: Revista Tribuna

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